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quinta-feira, 29 de junho de 2017

ESQUEÇO

Eu escrevo se não eu esqueço,
Pois, se eu esqueço,
Eu quase enlouqueço.
Não sei se eu mereço
Escrever algum poema,
Não vejo nisso nenhum problema,
Pois se eu escrevo
Eu não esqueço.
Eu escrevo por inspiração,
Não escrevo por profissão,
Já escrevi em guardanapo,
Já escrevi em papel de pão,
Já escrevi até em jornal
E também em papelão.
Pois se eu não escrevo
Eu esqueço...
Esqueço o fim e até o começo,
De alguns não lembro nem um terço,
Acho que isso é de berço,
Mas esquecer de escrever algum poema
Isso foge ao meu dilema,
E isso eu não mereço.

Marcelo Santos

Itaguaí, RJ  28/06/17 - ter

segunda-feira, 26 de junho de 2017

BONANÇA




Que venha a bonança!
Cheia de esperança
E Felicidade.
Que venha a bonança!
Veloz como um lança
Antes que seja tarde.
Que venha a bonança!
Como uma criança
Sem nenhuma maldade.
Que venha a bonança!
Tão calma e mansa
Como a saudade.
Que venha a bonança!
Tão alegre como uma dança
E bonita como a verdade.
Que venha a bonança!
Tão rica como uma herança
Tão cheia de felicidade.
Que venha a bonança!
Chega de tempestade.


Marcelo Santos


Itaguaí, RJ 22/10/1990

quarta-feira, 21 de junho de 2017

COROA

É a sombra da amendoeira
Que deixa a gente a toa,
É o passeio de traineira
Nas águas calmas de Coroa.
A gente esquece até da vida
Vendo a gaivota que voa,
E me mergulha atrás de comida
Nas águas calmas de Coroa.
Deixando um ar de amizade
Estampado no rosto das pessoas,
Que vivem nesta localidade
Perto das águas calmas de Coroa.
Mas nem tudo aqui é mistério
Quando uma buzina assim soa,
É o grande trem de minério
Que vai distante de Coroa.
Que não chega a perturbar
O pescador em sua canoa,
Que joga sua rede no mar
Nas águas calmas de Coroa.
Por isso, você nunca irá encontrar
Onde quer que você ande,
A tranqüilidade de um lugar
Calmo como o mar,
O mar de Coroa Grande.


Marcelo Santos


Itaguaí, RJ  02/05/91 sex

sexta-feira, 16 de junho de 2017

A PRAÇA

Que graça tem essa praça
Onde a menina que passa
Me olha tão indiferente.
Que graça tem essa praça
Onde toda desgraça
Vive dentro da gente.

Que graça tem essa praça
Se cada minuto que passa
A vida passa tão lentamente.
Que graça tem essa praça
Se a felicidade não ultrapassa
A infelicidade da gente.

Que graça tem essa praça
Quando a sujeira e a fumaça
Ofusca a visão da gente.
Que graça tem essa praça
Se toda criança descalça
Não brinca como antigamente.

Marcelo Santos

Rio, 28/10/2009

quinta-feira, 1 de junho de 2017

TERRA BOA



Em cada rua uma esperança
De um dia voltar a te ver,
De voltar a ser criança
E deixar acontecer.
Banhar- me nos teus rios,
Brincar nas tuas praças,
Completar teus espaços vazios
Nos dias que não tem graça.
Subir nos teus montes
E de lá ver o mar,
Contemplar teu horizonte
E nunca mais deixar de sonhar.
Sonhar que você ainda existe
E está tão bela como antes,
Esquecer o teu lado triste
E lembrar que fomos apenas amantes.
Porque você foi e sempre será
A minha eterna paixão,
Que será ira me acompanhar
Nos dias de tristeza e solidão.
Pois neste solo maravilhoso
Não há que não o ame,
Terra boa, ITAGUAÍ é seu nome.

Marcelo Santos

Itaguaí, RJ 02/08/1990    21:00 h

VOCÊ ME ENTENDE

  Quando estou triste, Você me entende. Quando estou alegre, Você me entende. Quando estou sozinho, Você me entende. Quando esto...