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segunda-feira, 24 de julho de 2017

EU MESMO

Eu me chamo Raimundo,
Muito  Prazer!
Me dê apenas um segundo
Para eu lhe dizer,
Que eu sou igual a todo mundo,
Que sou igual a você.
Que se acha diferente
Só por que eu não sei escrever.
Que eu não falo direito,
Que eu não sei entender.
Que pra você o que é defeito,
Pra mim e arte, prazer.
E que ninguém é perfeito,
No seu modo de ser.
Mas tente  entender,
Que lá no fundo,
Toda a minha poesia
As vezes não tem sentido...
Não tem um porquê,
E que eu falo o que eu penso,
Mesmo sem querer.
Mas que beleza está nas palavras
Elas te dão alma e poder.
E se você não concorda comigo
Lá no fundo você vai compreender,
O que eu estou querendo dizer,
Olá! Eu sou Raimundo.
Muito prazer.

Marcelo Santos

Itaguaí, RJ 25/06/17

sexta-feira, 21 de julho de 2017

A RENDIÇÃO

A solidão,
A tristeza,
Fazem parte deste lugar,
Que a noite
É como se o nada não existisse,
O Nada seria apenas o nada.
E o único som que se escuta,
É a velha coruja que voa pela noite
Assombrando a escuridão.
São tantos momentos de agonia
E sofrimento,
Que um disparo não satisfaz
A tensão.
É preciso que você venha
Logo,
Antes que eu enlouqueça,
E desapareça...
No meio da escuridão.

Marcelo Santos

24/01/91 – de serviço no PII - BASC

segunda-feira, 17 de julho de 2017

GAIVOTA

Gaivota,
Vai mas volta,
E me diz por que eu sou tão infeliz.

Gaivota,
Que vira volta,
Mergulha no mar e tenta me achar.

Gaivota,
Que livre se solta,
Pelo espaço infinito levando meu grito.

Gaivota,
São poucos o que te nota,
E te admiram como eu.

Gaivota,
Vai mas volta,
Pois a solidão dói demais em mim.


Marcelo Santos
26/11/1992 - quinta-feira
Praia do Saco – Mangaratiba – RJ

Um dia antes da enchente.

terça-feira, 11 de julho de 2017

AMOR ACORRENTADO

Olha o que você fez comigo
Em me deixar tão de repente,
Me deixando este castigo
Me fazendo arrastar correntes.

Olha essa minha agonia
Que me mata tão lentamente,
Que me sufoca todos os dias
Me Fazendo arrastar correntes.

Olha essa minha tristeza
Que parece estar tão presente,
Quando estou sozinho a mesa
Me fazendo arrastar correntes.

Olha a frieza do meu leito
Que era tão diferente,
Da dor que quando me deito
Me fazendo arrastar correntes.

Olha os dias lá fora
Não pertencem mais a gente,
São apenas tormentos agora
Me fazendo arrastar correntes.

Olha nosso amor continua
E está tão forte como antigamente,
Esperando que você volte da rua
E o liberte dessas tristes correntes.

Marcelo Santos


Itaguaí, RJ  13/07/90 sex

VOCÊ ME ENTENDE

  Quando estou triste, Você me entende. Quando estou alegre, Você me entende. Quando estou sozinho, Você me entende. Quando esto...